Uma grande quantidade de dólares americanos foi apreendida na manhã desta sexta-feira (14) em Palmas durante uma operação da Receita Federal e da Polícia Federal. Os alvos da investigação são suspeitos de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e desvio de recursos públicos. A ação foi chamada de Conexão Corumbá.
A investigação teve início com a apreensão, pela Receita Federal, de uma grande quantidade de dinheiro em espécie com dois irmãos que tentavam atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá (MS).
Segundo a Receita Federal, nesta sexta-feira (14) foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro ordens de sequestro e indisponibilidade de bens de investigados. As ações ocorreram em Corumbá, Goiânia (GO) e Palmas (TO).
“Foi descoberto nas investigações que havia muito saque de dinheiro na cidade de Corumbá e isso chamou a atenção. Durante as investigações percebeu-se que esse dinheiro que estava alimentando o esquema estava vindo de empresas localizadas em três estados: Tocantins, Goiás e Matogrosso do Sul”, explicou o delegado da Receita Federal, Ricardo Magalhães.
Levando em consideração as movimentações bancárias suspeitas, os valores enviados ilegalmente ao exterior devem ultrapassar as dezenas de milhões de reais.
Em Palmas foi apreendida uma grande quantidade de cédulas de reais, dólares, e da moeda boliviana, além de munições e documentos. O dinheiro ainda está sendo contabilizado.
“Aqui no Tocantins foram descobertas duas empresas que estavam enviando dinheiro para essa região, de onde estava sendo mandado para a Bolívia sem ser declarada a origem”.
Investigação
A investigação apurou que os responsáveis por sair do país com o dinheiro em Corumbá (MS) recebiam quantias em espécie de outros estados e enviavam, de forma irregular, para a Bolívia por meio do trânsito de pessoas ou de remessas fracionadas a bancos estrangeiros.
O dinheiro era declarado com diversas finalidades, mas segundo a Receita Federal os indícios evidenciaram que estava ocorrendo evasão de divisas e lavagem de dinheiro proveniente de crimes como tráfico internacional de drogas e desvio de recursos públicos.
Durante a investigação foi identificado que parte do dinheiro estava sendo enviado por um empresário do Tocantins. Também são investigados suspeitos que moram em Goiás.
O nome da operação faz referência ao fato de as investigações iniciais ocorrerem na cidade de Corumbá.
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