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Presídio diz que não informou estado de saúde de jovem preso à família por conta de 'sigilo médico-paciente'; ele morreu no dia em que seria solto

Briner de César Bitencourt foi preso por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, mas foi absolvido após um ano tentando provar inocência. Ele não chegou a ser liberado porque alvará de soltura chegou ao presídio poucas horas após a morte.

13/10/2022 às 08h06
Por: Redação
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Presídio diz que não informou estado de saúde de jovem preso à família por conta de 'sigilo médico-paciente'; ele morreu no dia em que seria solto

 

A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), responsável pelos presídios e detentos no Tocantins, disse que seguiu protocolo ao deixar de falar para a família de Briner de César Bitencourt sobre o estado de saúde dele e comunicar apenas o óbito.

 

Segundo a pasta, "devido ao sigilo médico/paciente, os atendimentos realizados durante à custódia não são informados". O jovem, que adoeceu na Unidade Penal de Palmas (UPP), foi absolvido após um ano tentando provar inocência, mas morreu no dia que seria liberado da cadeia.

 

A morte de Briner foi atestada pela equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sul na madrugada de segunda-feira (10), mas o governo afirmou que o jovem "começou a apresentar dores e queixas no corpo nos últimos 15 dias".

 

A advogada de Briner, Lívia Machado Vianna, disse que não houve transparência e que nem a mãe soube que o filho estava doente.

 

"Hoje fica o questionamento se quando ele iniciou esses sintomas 14 dias atrás, se o sistema prisional tivesse olhado ele como um ser humano e fornecido atendimento médico, será que esse caso poderia ser diferente?”, disse a advogada.

O jovem que adoeceu na cadeia não resistiu e morreu durante a madrugada, por volta de 4h15, quando era atendido por médicos da UPA. Só pela manhã, horas antes do horário que Briner seria solto, é que a família foi comunicada sobre o óbito.

 

"Logo no início da manhã, a equipe multidisciplinar da Unidade Penal Regional de Palmas entrou em contato com os seus pais para informá-los sobre o óbito e apoio no funeral, além de solicitar que fossem à UPA Sul, para dar início aos trâmites e autorizações referentes ao encaminhamento do corpo ao Setor de Verificação de Óbito", disse a Secretaria de Cidadania e Justiça.

 

Aos prantos e segurando uma faixa com a frase "nenhuma mãe merece passar por isso", Élida Pereira, mãe de Briner, participou de um protesto nesta quarta-feira (12) e pediu justiça.

 

"Meu filho era inocente, ficou um ano preso lá aguardando um juiz. Há vários meses teve a audiência e o juiz não deu a decisão. Acho que em torno de quatro meses que teve essa audiência e o juiz não deu a decisão. Deixou meu filho ficar lá até a morte", disse Élida.

 

A Secretaria de Cidadania e Justiça disse que disponibilizou assistência no funeral.

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